sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Comentário : Precarização do trabalho docente no ensino superior de Elenilce Viana Oliveira Brandão e Luiza Gislaine Moreira Batista

No trabalho intitulado por Precarização do trabalho docente no ensino superior de Elenilce Viana Oliveira Brandão e Luiza Gislaine Moreira Batista, as alunas refletem acerca da jornada de trabalho ao que o docente se vê submetido a cumprir, para atender as exigências pessoais e profissionais.
Ademais, convidam o leitor a pensar em que reside a dificuldade de produção acadêmica a que o docente é acometido, quer seja  por falta de tempo em fazê-la, quer seja pela falta de incentivo e/ou financiamento por parte da instituição a qual pertença.
Para tal desafio, o papel do docente na conjuntura atual é cenário para esclarecer alguns pontos obscuros, como a situação do avanço tecnológico, que inegavelmente se constituirá numa ferramenta desse profissional ao desempenhar suas tarefas.
Alguns outros aspectos como organizacionais e sistêmicos são apontados como subproduto direto dessa precarização do trabalho do professor, dentre elas: a maciça especificidade do conhecimento, a ausência de investimentos, a ultrapassada diretriz curricular e a deficiente didática, que resultam numa prática pedagógica insuficiente.
PARABÉNS! Adorei o formato de elaboração do texto, pois está claro e coerente nos aspectos que se propõe.
 
 
Atencsiomente,
 
Áurea Dennyse O. C. de Souza

Comentário: ADOECIMENTO DO PROFESSOR DOCENTE NO CENÁRIO ATUAL DA EDUCAÇÃO SUPERIOR de

Na abordagem acerca do ENDOECIMENTO DO PROFESSOR DOCENTE NO CENÁRIO ATUAL DA EDUCAÇÃO SUPERIOR de Francisca Nayza Souza Oliveira, tem-se como ponto de partida a desvalorização do profissional como uma das possíveis causas que remetem a esta situação, não sendo exaustiva, há também uma contextualização própria que se sustenta no cenário da globalização que exige cada vez mais dos docentes enquanto profissionais, clamando por  atualização constante, lidando com a ausência de infraestrutura necessária para o desempenho das atividades rotineiras e forçando uma preparação por parte desses profissionais não só no ambiente de sala de aula, mas fora dele também, que quase sempre nunca é reconhecida ou remunerada.
Baseada em todas essas variáveis, há uma tensão que pode resultar em doenças como o estresse, síndromes de esgotamento (burnout), gerando afastamentos do ambiente educacional.
PARABÉNS pela iniciativa de estudar este aspecto do docente enquanto profissional.
 
 
Cordialmente,
 
Áurea Dennyse O. C. de Souza

Comentário : ENSINO SUPERIOR PÚBLICO E PRIVADO: ALGUMAS DICOTOMIAS de Elda Carla Barata Natividade e Jeane Patrícia Lima Melo

O trabalho intitulado de  ENSINO SUPERIOR PÚBLICO E PRIVADO: ALGUMAS DICOTOMIAS de Elda Carla Barata Natividade e Jeane Patrícia Lima Melo, trouxe importantes reflexões de como as instituições de ensino se formaram, a partir de interesses comuns e divergentes.
Embora, todas tenham por meta promover a educação, através do fomento do ensino, pesquisa e extensão, a missão de cada uma, está adaptada a marcos iniciais diferentes, como: qualidade, lucratividade, caridade, entre outros.
O contexto de abertura e necessidade do mercado também é evidenciado, proporcionando uma mudança de paradigma, que ocorre para atender as exigências emergidas, em que cursos aligeirados, à distância e o crescimento desordenado, passam a ser a marca registrada desse novo modelo que erigiu a partir da conjuntura neoliberal.
Por certo, a dicotomia que deveria desaparecer ou ao menos ser suavidade entre o binômio (Público x Privado), mostra-se incapaz de desaparecer, mesmo com a prática de políticas compensatórias como o PROUNI, FIES e o Ciência sem fronteiras.
Por fim, o abismo que separa o ensino público e privado e, o repouso que se estabelece na impossibilidade de equidade, ao que pese, pelo menos de alcance do equilíbrio, é uma discussão a ser tracejada para além da sala de aula, estando não só na dialética, porém advindo da necessidade de se construir várias respostas práticas ou alternativas que contemplem a situação.
PARABÉNS!!! O texto está bem escrito, com ótima formatação e a abordagem foi rica e elucidativa.
 
Atenciosamente,
 
Áurea Dennyse O. C. de Souza

Comentários sobre : A DOCÊNCIA E A IDENTIDADE DO PROFESSOR NO CENÁRIO ATUAL DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

A DOCÊNCIA E A IDENTIDADE DO PROFESSOR NO CENÁRIO ATUAL DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR de Tiago Barros de Almeida, mostra-nos como a atividade docente se encontra ,atualmente, sem esquecer do cenário e contexto que propiciaram essa significativa mudança.
Vale ressaltar, que a desigualdade continua entre o ensino público e privado, embora haja um esforço dantesco para a sua redução, a partir de um movimento neoliberal e financiamento de organismos internacionais, como o FMI e o BIRD, que através de políticas compensatórias elaboradas pelos Estados-Nações, visam mudar os índices e atingir o mínimo exigido para a educação.
Quanto a identidade do professor, seria interessante abordar  a PROFISSIONALIZAÇÃO sob a perspectiva da VOCAÇÃO (o aspecto vocacional do docente enquanto sacerdócio a que é chamado a exercer);  OFÍCIO ( seria o segmento da competência como saber e habilidade que professa possuir); E  A PROFISSÃO ( o "múnus" que é concebido como exercício laboral que se propõe com vistas à autonomia (lei de si próprio) para aprimorar o desenvolvimento nos diferentes papéis que ocupa como indivíduo, seja ele: pessoal, social, econômico, cultural, psíquico e emocional.
Por certo, há muito o que se mudar, mas já há o que comemorar, levando em consideração o exercício de reflexão que este espaço propõe e, por fim, muito bem aproveitado pelo escritor em questão. PARABÉNS!!!

Atenciosamente,
Áurea Dennyse O. C. de Souza
Bom dia Amigos e amigas, não esqueçam que hoje é o ultimo dia para postar os comentários, pois terei que lançar as notas e entregar a noite na secretaria da pós. Vamos lá.Força sempre

Marcelo Vilaça

domingo, 30 de agosto de 2015

A EDUCAÇÃO NO NÍVEL SUPERIOR


A DOCÊNCIA E A IDENTIDADE DO PROFESSOR NO CENÁRIO ATUAL DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR


Tiago Barros de Almeida
proftiagoalmeida@gmail.com


INTRODUÇÃO
O Sistema de Ensino Superior no Brasil vem sofrendo uma verdadeira revolução desde que se estabeleceu como política pública nos primórdios da Sociedade Brasileira.
A partir da década de 80, os professores por toda a América Latina encontravam-se abatidos com salários minguados, massacrados pela inflação galopante, foram praticamente despejados no universo do multiemprego como alternativa de sobrevivência no meio da docência.
No caso dos professores da educação de nível superior, as oportunidades de emprego assumiram um movimento crescente, tornando-se uma avalanche desenfreada a partir dos anos 2000, turbinadas por políticas públicas, as quais estabeleceram medidas compensatórias à pretexto de democratizar o sistema de ensino, injetaram capital subsidiando total e parcialmente os custos com mensalidades em Instituições de Ensino Superior –IES do segmento privado, para os alunos inscritos em programas específicos para esse fim – a exemplo citamos o PROUNI e o FIES.
Em meio à toda turbulência gerada pelas forças dominantes cuja interação delineia os rumos da educação no Brasil, trazemos à baila duas questões em especial:
- Como está configurada a Docência no Ensino Superior no cenário atual da educação no País?
- Qual a influência deste cenário da educação sobre a Identidade do Professor que atua no nível superior?

O desenrolar das influencias do capital na educação em nosso país apresenta sua força ainda nos dias de hoje, influenciando as movimentações mercadológicas que vem abocanhando este novo e gigantesco segmento de mercado – o Sistema Privado de Educação Superior.
Gigantes no mundo dos negócios, e preocupados exclusivamente com a saúde financeira de seus empreendimentos, os grandes conglomerados financeiros internacionais vêm se movimentando e ganhando território, adquirindo ou construindo Instituições de Ensino Superior – IES por todo o Brasil.
Inúmeras são as consequências, dentre as quais podemos observar um grave distanciamento entre os elementos da tríade - Ensino, Pesquisa e Extensão. O Ensino adquiriu seu destaque em consequência da desequilibrada oferta de novos cursos pelas IES que descobriram neste novo filão uma excelente fonte de recursos.
Outra consequência desta mercantilização da educação superior é a brusca queda de qualidade na oferta de tais novos cursos, levando à formação deficiente de toda uma gama de profissionais que vem desaguando no mercado de trabalho a cada ano, inflando cada vez mais diversos setores da sociedade.
Todo este cenário vem se desenvolvendo não por acaso. Personagens de nível transnacional do quilate do FMI e do Banco Mundial, que apesar de se acortinarem em plano de fundo, regendo tudo sob seu controle, sempre se manifestando discretamente, mas em última instância, lutam para mascarar suas reais intenções políticas e sociais de manutenção e perpetuação do modelo econômico neoliberal, congelando nações inteiras, a pretexto de um pseudo-desenvolvimento.
Neste contexto, conforme nos ensina Lima (2012) todo investimento realizado exige como contrapartida medidas que devem ser tomadas como condição de concessão dos investimentos. Algumas exigências postas pelo Banco Mundial posicionam-se no campo da educação básica, focando no objetivo específico de preparar mão de obra para atender setores industriais e tecnológicos da sociedade. No tocante ao ensino superior, ficam evidentes as políticas de alargamento dos investimentos no setor privado, em total detrimento de ofertas por parte dos serviços públicos que atendam às necessidades da sociedade.
Receber propostas de medidas para a educação brasileira por parte do Banco Mundial, para Haddad (2008) não significa que tais mudanças sejam de qualidade, e ocorram efetivamente para benefício e desenvolvimento da sociedade, posto que para os investidores, na realidade tal educação reformulada apenas configura um instrumento facilitador para gerar mão de obra capaz de gerar um mercado competitivo.
Através dos estudos de Soares (2003), investimentos na educação ocorrem dentro de um rigoroso limiar que possibilita a formação de mão de obra qualificada para o alcance de metas industriais em determinados postos de trabalho, sem que seja, entretanto, dispendioso para as organizações. Para a autora uma nova fase está se desenrolando – o “pós-Fordismo”. Confrontado com o movimento outrora desenvolvido por Henri Ford no princípio do século passado, verifica-se uma nova busca pela produção em larga escala, tendo trabalhadores em cargos e funções específicas para tão somente agigantar a produção e sua consequente lucratividade.
No que tange aos vários fatores que compõem e influenciam a Identidade do Professor verificamos com as autoras Pimenta e Anastasiou (2008) uma observação muito peculiar a respeito do tema: pesquisadores e profissionais de áreas diversas ingressam na docência tão somente em razão da bagagem que trazem consigo pelo desempenho profissional realizado até então, isto é, pelo domínio de um conteúdo específico. Contudo, apesar de toda a sua experiência esses profissionais nunca foram levados a refletir sobre o real significado de “ser professor”.
Em uma perspectiva oposta, observamos as instituições que os recebem já pelo que “são”, e se isentam da responsabilidade inerente de contribuir para o que eles se “tornarão”, tendo em vista que a formação de professor é um processo contínuo, onde suas experiências e vivências práticas nas escolas e universidades são determinantes e parte integrante deste processo.
A partir do confronto entre a Identidade do profissional e as experiências de sala de aula, fica evidente a percepção sobre a influência da formação do profissional no processo de construção de sua Identidade Profissional.
Os profissionais oriundos da área da educação ou da licenciatura, de uma forma ou de outra tiveram oportunidade de transitar pelos elementos teóricos e práticos relativos à questão dicotômica associada ao processo de ensino e da aprendizagem, que por si só já movimenta o pêndulo da Identidade em direção à atividade docente, enquanto que para os outros profissionais oriundos das demais áreas do conhecimento, a construção da Identidade já fora iniciada desde as bases da sua formação profissional, fortalecendo-se ao longo de toda a sua trajetória acadêmica, a exemplo de médicos, advogados, juízes, sendo estes impelidos por motivos diversos a ingressar no mundo da docência como atividade secundária, identificando-se como um profissional que ministra aulas.
Um outro viés determinante no desenvolvimento e essencial na formação do professor é a pesquisa. Quando relacionada à Identidade, a vemos como fator direcionador no processo de reconhecimento do indivíduo na ilustre figura do professor.
Segundo André (2001), o movimento que valoriza o pesquisar na formação do docente é bastante recente, além de se encontrar muito limitado, pois as reais condições de atuação constante e diuturna do professor não contempla em carga horária nem em remuneração destinadas à pesquisa.
Encontramos farta manifestação no sentido de valorizar a articulação constante entre teoria e prática na formação docente, tanto na literatura Nacional quanto na literatura Internacional, reconhecendo a importância dos saberes da experiência e da reflexão crítica na melhoria da prática, o que acaba por atribuir ao professor as responsabilidades sobre o processo de desenvolvimento profissional.
Para a Autora, esperar que os professores se tornem pesquisadores, sem oferecer as necessárias condições ambientais, materiais e institucionais implica subestimar, tanto o peso das demandas do trabalho docente cotidiano, quanto os requisitos para um trabalho científico de qualidade, o que refletirá diretamente na afirmação de sua identidade.
Ressaltamos, por fim, que, segundo André (2001) a Proposta de Diretrizes para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica em Curso de Nível Superior (2001), elaborada pelo Conselho Nacional de Educação, inclui a pesquisa como elemento essencial na formação profissional do professor, fator este determinante no processo de construção de sua identidade como docente, quando este passa a assumir para si as responsabilidades de transmissão dos diversos saberes relacionados às vivências no mundo da Educação.


CONCLUSÃO
            Diante de um cenário completamente influenciado pelos ditames de elites dominantes, até mesmo em contexto transnacional, fica evidente o ciclo de consequências no qual o Sistema Educacional como um todo se encontra inserido.
            Em especial a Docência no Ensino Superior sofre influências diretas por meio de setores diversos, tanto da esfera privada com interesse em lucrar com a crescente demanda por profissionalização, quanto da esfera pública, que se esquiva covardemente de suas responsabilidades diretas e constitucionais de prover a sociedade em seus direitos básicos de receber a oferta de serviços públicos essenciais de qualidade, e tenta em vão tapar o sol com a peneira dos programas sociais populistas.
            No quesito Identidade, percebemos que a histórica desvalorização da classe docente, aliada às influências das forças financeiras que passaram a reger o sistema educacional, resultaram em uma diluição da essência da figura do Professor, enquadrando a classe dentre os seres em extinção.
             


REFERÊNCIAS

- ANDRÉ, Marli. PESQUISA, FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE. In: ANDRÉ, Marli (Org.), O PAPEL DA PESQUISA NA FORMAÇÃO E NA PRÁTICA DOS PROFESSORES, Campinas: Papirus, 2001

- LIMA, Marcelo Augusto Vilaça De. SOCIEDADE PÓS MODERNA E EDUCAÇÃO: As influencias do Banco Mundial no processo de reordenamento do ensino superior brasileiro. In: LIMA, Marcelo Augusto Vilaça De (Org.), EDUCAÇÃO SUPERIOR: Olhares contemporâneos, Belém: Cromos, 2012

- PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa Das Graças Camargos. DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR, São Paulo: Cortez, 2008


O ENSINO SUPERIOR PÚBLICO E PRIVADO: ALGUMAS DICOTOMIAS.

Elda Carla Barata Natividade 
eldanatividad@hotmail.com 
Jeane Patrícia Lima Melo 
j-patricia-lima@hotmail.com 

INTRODUÇÃO

     Refletir a respeito o Sistema de Educação Superior do Brasil é no mínimo, uma tarefa desafiadora e árdua, tendo em vista a diversidade patente em sua estrutura e organização. Para que esta reflexão seja contundente é imprescindível uma análise sobre os fatores que concorrem acerca das desigualdades sócias, econômicas, políticas e históricas que envolvem esse sistema. Como bem afirmou Stallivieri (2015 p. 01)

A educação superior no Brasil não pode ser discutida sem que se tenha presente o cenário e o contexto em que ela surge, ou seja, deve-se ter presente o tempo e o espaço em que ela está inserida, analisando desde o momento de seu surgimento até a realidade atual da educação, tanto no panorama local, regional como mundial. 

Para falarmos sobre o cenário atual do Ensino Superior no Brasil, é necessário fazermos um resgate histórico das condições em que este surgiu. As instituições de Ensino Superior surgiram no início do século XIX, como resultado da necessidade de formação da elite que buscava educação fora do país, afim de atender esta demanda. Com o decorrer do tempo houve uma considerável expansão no aumento de número das universidades, a partir dos anos 90 com o objetivo de atender ao mercado que solicitava profissionais qualificados e ao mesmo tempo que desenvolvia sua própria identidade enquanto sistema de educação este processo acelerou ainda mais.

Nossa proposta é refletir sobre os aspectos atuais de desigualdades sociais e econômicas nas esferas do Ensino Superior público e privado bem como os reflexos vivenciados na atual sociedade tendo como base as mudanças que o Ensino Superior vive ao longo dos anos.

CONHECENDO AS INSTITUIÇÕES

É importante salientar a diferenciação que ocorre quanto à nomenclatura das instituições do Ensino Superior pois, existe uma distorção quanto ao verdadeiro sentido da palavra uma vez que, nem todas as instituições são universidades devido caráter que possuem bem como a sua missão. As instituições públicas estão sob a base do tripé ensino, pesquisa e extensão, enquanto que as instituições privadas, na sua quase totalidade, detém-se apenas no ensino.

O Ministério da Educação (MEC) apresenta algumas definições a respeito das instituições de Ensino Superior para efeito de registros estatísticos classificadas da seguinte forma: Públicas (federais, estaduais e municipais) e Privadas (comunitárias, confessionais, filantrópicas e particulares) relacionadas nos formatos de financiamento bem como, sua sobrevivência no atual cenário da Educação Superior.

Diante de tal panorama é relevante entender que o significado, a missão e o caráter de cada uma das categorias apresentadas são diferentes em decorrência de algumas lacunas que envolvem as instituições e suas transformações no mercado, assim como os recursos e investimentos necessários para o desenvolvimento e melhor rendimento educacional. O surgimento dos diferentes tipos de instituições acontece em virtude das demandas sociais, e por vezes econômicas, buscando um ajuste a necessidade educacional porque passa a sociedade atual. Segundo Stallivieri (2015 p. 12)

Dada da inviabilidade, especialmente em questões financeiras e de recursos humanos, natural é que surjam diferentes tipos de instituições. Ou seja, mesmo diante da demanda de possibilidades de absorção por parte do mercado e do espaço para o crescimento do setor educacional, nem todas as instituições conseguem manter o seu status universitário.

ENSINO SUPERIOR: PÚBLICO E PRIVADO

Em pouco tempo as mudanças no Ensino Superior brasileiro foram muitas, rápidas e visíveis a partir da implementação de políticas públicas para atender as necessidades de um novo cenário emergente do Estado neoliberal em que os organismos internacionais exigem em troca de investimentos no país políticas voltadas para a melhoria na educação como condição básica para a continuidade desses investimentos. A criação do Plano Nacional de Educação (PNE), o FIES, o PROUNI e o Ciência sem Fronteiras são algumas das políticas compensatórias que “cumprem” com estas exigências.

Há pontos importantes que devem ser citados a respeito das instituições de ensino superior no Brasil. A princípio as instituições públicas brasileiras detém maior qualidade de ensino ofertada se comparada as privadas bem como maior número de alunos matriculados, incentivo à pesquisas, corpo docente com considerável número de titularidade, maior possibilidade de expansão, favorecendo um ensino de qualidade e de atendimento ao mercado de trabalho apontando que a melhor qualidade encontra-se no sistema público.

O sistema privado, por sua vez, merece destaque pelo crescente aumento do número de vagas ofertadas, custo acessível à classe mais pobre, maior número de faculdades, ensino à distância (EaD), oportunizando um ensino mais abrangente e acessível. No entanto, no sistema privado este crescimento é proporcional aos investimentos destinados a eles assim como a capacidade de pagamento do alunado, e os incentivos recebidos como redução de impostos, bolsas de estudo, cursos variados, fomentado seu crescimento a ritmo acelerado.

Estas mudanças são válidas, mas não conseguem abranger todas as necessidades vivenciadas pela sociedade contemporânea, pois nos centros universitários públicos é notório o sucateamento pelo corte de verbas, falta de concursos públicos, greves, número de vagas ofertadas ainda limitadas, expansão do ensino superior privado, dentre outros. Em relação ao ensino particular temos outros problemas sérios e visíveis, pois muitas em entidades os fins lucrativos falam mais alto, deixando de lado o caráter sentido do ensino, recebem incentivos públicos consideráveis, possuem redução financeira relacionada à pesquisa e a extensão, além de que as universidades virtuais, emergentes, e que atuam a longa distância fomentam, por vezes, as dificuldades educacionais.

O GRANDE DESAFIO

Não é nossa intenção, neste estudo, fazer uma análise aprofundada da problemática que envolve o ensino superior, e sim a partir das reflexões de alguns teóricos identificar possíveis relações com a crise do sistema de ensino, buscando explicações assim como, se possível, perspectiva de mudanças. Apontar qual direcionamento para se ter êxito no ensino superior seria muito pretensioso, mas podemos avaliar melhor a partir dos dados expostos anteriormente a dimensão atual deste ensino para então refletirmos sobre seus positivos e negativos.

A educação superior sofre desde sua criação e não é possível colocar, (ensino público e privado) no mesmo nível de igualdade, tendo em vista, a missão, a natureza e o caráter de cada instituição. Isto porque possuem diferenciações peculiares voltadas para sua realidade. Então, falar a respeito desses centros universitários necessita ter em mente a dicotomia que os envolve e ao mesmo tempo seus pontos positivos e negativos para a sociedade.

CONCLUSÃO

Concluímos assim que para a construção de um cenário educacional a busca deve ser constante em recursos destinados para a expansão e manutenção das instituições públicas de ensino superior. A estrutura privada teve uma expansão descontrolada favorecendo a mercantilização da produção do conhecimento, enquanto que as instituições públicas permanecem estagnadas contemplando a falência do estado quanto aos investimentos neste segmento isto é, a precarização nas condições e nas relações de trabalho , no panorama atual que se descortina é possível que se amplie ainda mais os investimentos públicos a fim de atenderem melhor as necessidade imediatas.

REFERÊNCIAS

PAGOTTI, Antonio Wilson e ASSIS, Sueli / O ensino superior no brasil entre o público e o privado. Disponivel em http://www.cefetes.br/gwadocpub/Pos-Graduacao/Especializa%C3%A7%C3%A3o%20em%20educa%C3%A7%C3%A3o%20EJA/Publica%C3%A7%C3%B5es/anped2001/textos/t1121929591501.PDF (capitulado em 28/08/2015).


STALLIVIERE, L. / O Sistema de Ensino Superior do Brasil Características, Tendências e Perspectivas. Disponível em http://www.researchgate.net/publication/228390340_O_SISTEMA_DE_ENSINO_SUPERIOR_DO_BRASIL_CARACTERSTICAS_TENDNCIAS_E_PERSPECTIVAS (capitulado em 29/082015)